quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Mensagem para um novo ano e uma nova atitude

Para escrever essa mensagem, procurei inspiração nos ensinamentos de Buda. Não que eu seja budista. Foi a frase da semana que me trouxe essa idéia.

Deixando de lado as considerações teológicas ou estudo das ciências divinas, Siddhartha Gautama, o Buda, foi um homem à frente de seu tempo. Esse pequeno trecho abaixo, extraído do site Saindo da Matrix, mostra-nos um pouco da índole do Venerável Monge:
Mas o espírito de Siddhartha era inquieto e pesquisador. Ele era dotado de uma inteligência aguda e de uma hipersensibilidade. Refletia sobre o significado da vida e do mundo, procurando a verdade por trás das coisas.

Como se vê, Buda foi um contestador. Apesar de sua condição nobre, que lhe permitia ser indeferente ao que ocorria em seu redor, quis conhecer a realidade da vida.
Ele refletiu que os ignorantes, embora fadados a ficarem velhos, doentes e morrerem, desprezam e abominam aqueles que estão passando por esta situação. Se todos nós passaremos por tudo isso, não é correto que tenhamos repulsa ou desprezo pela velhice, pela doença ou morte de outrem. Quando passou a pensar desse modo, desapareceu de Siddhartha todo o orgulho que sentia pela sua juventude, saúde e vida.

Muito bela e interessante a história de Buda. Dela podemos extrair boas lições. Mas o que pretendo com essa citação é mostrar a importância que tem a reflexão filosófica em nossa vida. Só através dela conseguimos criar uma consciência crítica.

Como o buda, deveríamos também indagar: "O que leva os homens a matar animais para comer, sabendo-se que hoje é possível uma alimentação saudável, sem o consumo de carne? É correto o que os homens fazem aos animais, explorando-os como mercadoria, retirando deles a pele, o couro, os dentes, a gordura, o sangue? É correto utilizá-los em testes laboratoriais? É correto utilizá-los em espetáculos artísticos? Mantê-los aprisionados em jaulas por toda a vida?

Essas e muitas outras questões devem ser feitas. E ao encontrarmos as suas respostas, verificarmos se estas estão de acordo com nossa moral, com nossos valores.

Espero que 2010 seja um ano de muita meditação. Meditemos como Siddhartha e procuremos respostas que sejam conformes à razão e à justiça.
Apenas uma coisa os animais esperam de nós: serem tratados com respeito.

Um bom Natal e Feliz 2010 a todos!


Para ler mais sobre Buda:


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Marchamos em paz

Marchamos pela paz e foi muito bom compartilhar com as pessoas que lá estavam esses momentos. Voltamos para casa com a sensação de dever cumprido.
Sabemos que é preciso fazer muito mais. Difundir a paz é tarefa de todo dia, de todo mês, de todo ano, de toda vida. Que seja esse um marco em nossas vidas que simbolize a mudança, que queremos ver no mundo, dentro de nós.
Abaixo, um vídeo com algumas imagens da marcha e a mensagem que recebi da Érica, uma das organizadoras do evento, com a indicação de links para fotos dos eventos em São Paulo e outros estados.



Olá amigos!

Aqui vão algumas fotos do acontecimento histórico que aconteceu nestes últimos dias em São Paulo. (Aproveito para enviar alguns links das atividades em outros estados.)
Participamos da 1° Marcha Mundial pela Paz e pela Não-violência, com atividades na cidade junto à Equipe Internacional que está percorrendo o mundo.
Foi um longo ano cheio de desafios, aprendizados, alegrias e a certeza de que vale a pena tentar uma e mil vezes construir um mundo de Paz e Não-violência.
Foi apenas o início de uma marcha que continuará dentro de cada um de nós e se expressará com muito mais força, despertando o melhor da vida e do ser humano.
Que essa atitude de transceder as dificuldades, a rotina, o individualismo e a violência, seja uma referência e possa a cada dia dar sentido à mais pessoas e iluminar o mundo!!

Parabéns à todos que fizeram e fazem possível essa construção! É disso que o mundo precisa! É isso que temos que valorizar... o melhor do ser humano em função das mais nobres causas.

um grande abraço!
Erica Naomi


Fotos de todo percurso
http://www.flickr.com/photos/worldmarch

Fotos das atividades em SP (foram muitas cameras...rs)
http://picasaweb.google.com.br/naomiskw/PassagemDaMarchaMundialPelaPazEPelaNaoViolenciaEmSaoPaulo#
http://picasaweb.google.com.br/jgrafite/MarchaSP#
http://picasaweb.google.com.br/lh/sredir?uname=jefersonalbinomh&target=ALBUM&id=5417812569956797953&authkey=Gv1sRgCNPnya2SnK2vUQ&feat=email
http://www.youtube.com/watch?v=GxcB5aAl7sc
http://picasaweb.google.com.br/claupucci/ShowPelaPaz#
http://picasaweb.google.com.br/lh/sredir?u
name=jefersonalbinomh&target=ALBUM&id=5417532418469026801&authkey=Gv1sRgCOTB49PO3JvI_wE&feat=email

Fotos de Olinda
http://www.flickr.com/photos/gonza2010/sets/72157623018166884

Fotos de Salvador
http://www.tvservidor.com.br/index.php?menu=videos_desc&COD_VIDEO=483

Fotos no Rio
http://www.youtube.com/watch?v=QDErn3yZfl0

*** Vamos ampliar esses registros de imagens

E AINDA TEM MAIS MARCHA ATÈ O ENCERRAMENTO NO DIA 2 DE JANEIRO DE 2010 EM PUNTA DE VACA/ARGENTINA.

Confira a programação do Brasil no site http://www.marchamundial.org.br/


--
Bala só se for de goma. Bomba só se for de chocolate. Explosão só se for de alegria! - Marcha Mundial pela Paz e a Não-violência
http://www.marchamundial.org.br/ / http://www.criarconsciencia.blogspot.com/

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Chegou a hora de marchar!



Uma marcha está percorrendo o mundo. É a Marcha pela Paz e pela Não-violência.

Saiu da Nova Zelândia, no dia 2 de outubro, para um percurso que inclui mais de 100 países, contando com a adesão de presidentes, prêmios nobel da paz, militantes, artistas e todas as pessoas que concordam com a necessidade de criar uma consciência global a respeito do desarmamento e da não-violência.

Dia 20 de dezembro, após percorrer mais de 130.000 km, essa Marcha chega a São Paulo.
Nesse dia, queremos unir as vozes de todos os movimentos, organizações e pessoas, em uma marcha no coração da cidade, para expressar nosso repúdio a toda forma de discriminação e violência (econômica, de gênero, racial, religiosa, psicológica, física, etc.).

Convidamos você a participar ativamente, trazendo sua bandeira, seu sentimento e seus ideais!

A Marcha tem como principais reivindicações:

- o desarmamento nuclear mundial;
- a retirada imediata das tropas invasoras dos territórios ocupados;
- a redução progressiva e proporcional dos armamentos de destruição massiva;
- a assinatura de tratados de não-agressão entre países;
- a renúncia dos governos a utilizar as guerras como meio para resolver conflitos.
- o repúdio a toda forma de violência (econômica, sexual, de gênero, racial, moral, psicológica, religiosa, física) e discriminação.

Participe!

Dia 20/12, concentração às 14h na Rua Barão de Itapetininga para Marcha pelo Centro com cortejo do bloco afro Ilú Obá de Min, até o Vale do Anhangabaú.

Vale do Anhangabaú, às 16h

SHOW com
Simoninha, Max de Castro,
Luciana Melo, Jair de Oliveira,
Orquestra de Berimbaus,
Madan, banda e convidados,
Teatro União e Olho vivo,
Babado de Chita e outros convidados.

http://www.marchamundial.org.br/

Mais informações:
Érica Naomi (11) 9128-9469
naomiskw@yahoo.com.br

Receitas para as festas de fim-de-ano


O Vista-se disponibilizou em seu site uma coleção de receitas veganas para as festas de Natal e Fim-de-Ano. A sugestão é para que você imprima e faça um livrinho de receitas para distribuir aos parentes e amigos. Vamos difundir a idéia de uma ceia sem dor, repleta de alimentos saudáveis e saborosos.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O mundo quer um acordo pra valer


Na 12ª hora do 12º dia do 12º mês, milhões de pessoas ao redor do globo estarão unidas para pressionar as autoridades, que estão em Copenhague, por um acordo que valha de verdade! Escolhemos duas ações simbólicas: velas para uma vigília em prol da vida humana no planeta e muros que serão pintados com mensagens das populações clamando por decisões efetivas para caminhar rumo às condições climáticas mais aceitáveis!


Saiba mais em:

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Um conto de Natal?




Nascimento e morte do cordeiro




Familiares e amigos brindam mais uma noite de Natal. Abraços, saudações e votos de boa saúde e felicidade são divididos entre todos. A alegria contagia o ambiente. Presentes trocados, papéis de embrulho rasgados, sorrisos estampados nos semblantes de todos os convivas. Afinal, Natal significa natalidade, nascimento, nascer. Nasceu Jesus, o Salvador.

De origem pagã, ou não, prevalece hoje o sentido religioso da data. Costumes populares foram adotados: músicas natalinas, festas de igreja, enfeites decorativos, árvores de Natal, pisca-piscas, guirlandas, presépios, Papai Noel. E, claro, uma refeição especial não pode faltar.

Naquela família era tradição, em toda ceia de Natal, uma mesa requintada com os mais variados pratos e quitutes. Nesse Natal não foi diferente. O chefe da família, alguns dias antes, determinara o cardápio: - Para este ano, vamos preparar um cordeiro assado.

E foi o que aconteceu. Logo nas primeiras horas da manhã, na véspera de Natal, foi até o cercado onde estavam os animais. Lá, naquele ambiente rústico e singelo, a paz reinava. Para os animais, não há Natal nem outro tipo de festa ou data comemorativa. É sempre a mesma rotina diária. Aguardam a lenta passagem das horas, os banhos de sol, a distribuição da ração, a soneca do fim de tarde. À noite, juntam-se, encolhidos, os pequenos se escondem sob a proteção das patas da mãe. Todos aguardam o surgimento de mais uma alvorada.

Trouxe consigo um pequeno cordeiro, de mais ou menos uns 30 quilos, 7 meses de vida, do tamanho ideal para a receita a ser preparada. O cordeiro bem que gritou, esperneou, mas de nada adiantou. A mãe, em uníssono com o filho, balia o mais que podia, mas ninguém ouvia. Dali a poucos minutos ele já soltava o seu último gemido. Dizem, e não se sabe o porquê, que, no mesmo instante de sua morte, a cortina que enfeitava o oratório, que fica em uma das paredes da sala, rasgou de ponta a ponta.

Chegou o momento do brinde. Todos erguem as taças e celebram a vida. Como a Providência foi boa para com eles, dizem uns aos outros. Não questionam, e não tem intenção nenhuma de questionar, a si ou ao outro, sobre os costumes e as tradições, sobre o certo e o errado, sobre a vida e a morte. O que importa, somente, é muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender.

No pequeno redil, a ovelha estava quieta. Cansada de procurar pelo filhote, deitara sobre a pouca palha que forrava o chão. Não tinha mais forças para balir. Cabia-lhe, somente, resignar-se e aceitar. O Natal não fora feito para todos. Não para os animais. Embora alguns deles tenham presenciado o nascimento do Cristo e dividido com Ele os mesmos aposentos, nunca passaram de objeto de mercancia.

Não devemos, por isso, responsabilizar o Mestre Nazareno. Afinal de contas, a missão Dele era outra. Ele deve ter pensado que de nada adiantaria pregar amor pelos animais, se os homens não conseguiam amar nem os da própria espécie. Talvez, se um dia Ele voltar por estas paragens e fizer um adendo ao seu famoso Sermão, acrescentando uma nova boa-nova, e, lógico, não deixando de ser bem enfático sobre a importância do respeito aos animais, quem sabe aí a situação possa melhorar para os nossos irmãos não-humanos.

Bem-aventurados os que não comem, não maltratam e nem exploram os animais, porque serão chamados filhos de Deus, herdarão a Terra, alcançarão a misericórdia, serão fartos, serão consolados, terão paz eterna, verão a Deus e deles será o Reino dos Céus.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

De Rio-92 à COP15

Assisti, hoje, esse vídeo no site Consciência Efervescente. Apesar de ser um vídeo antigo, da Rio-92, confesso que nunca o tinha visto. E gostei muito, por isso o estou colocando aqui.
Fiquei surpreso com a qualidade e objetividade do discurso das crianças da ECO - Organização das Crianças em Defesa do Meio-Ambiente. O recado tem endereço certo.
A oradora do grupo, Severn Suzuki, diz, logo no início: "somos um grupo de crianças canadenses, de 12 e 13 anos, tentando fazer a nossa parte e contribuir".
Que sirva de exemplo para todos nós.
Assistam que vale a pena. Passados 17 anos, ainda é bem atual.


quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

tô no clima para salvar o planeta



Todas as assinaturas, colhidas pela campanha, são incluídas no banco de dados mundial, que já ultrapassou 10 milhões de integrantes. No Brasil já foram colhidas 170 mil assinaturas.

O Parque do Ibirapuera, em São Paulo, será palco, no dia 6 de dezembro, das 10h às 18h, do evento TÔ NO CLIMA, uma iniciativa da campanha global de ações pelo clima TICTACTICTAC. O principal objetivo do evento é mobilizar a sociedade brasileira a pressionar líderes nacionais e globais para que não seja adiado o compromisso de firmar um novo acordo climático global durante a durante a 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP-15), que acontece de 7 a 18 de dezembro, em Copenhague, na Dinamarca.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Uma espécie

Vídeo da semana, postado no site da ANDA.
Canção que fala sobre a exploração dos animais.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Show pelos animais e pelo planeta


No dia 13 de dezembro de 2009, a partir das 11h00, no Parque da Independência (Museu do Ipiranga) - São Paulo, irá acontecer o primeiro show, com a participação de grandes artistas, em defesa dos direitos animais e do planeta. Serão 6 horas de música, durante as quais se apresentarão Arnaldo Antunes, Fernanda Porto, Gabriela Veiga, entre outros.
O show está na agenda de São Paulo para o Encontro de Copenhague (Representantes de cerca de 200 países estarão na Dinamarca entre os próximos dias 7 e 18 de dezembro para a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima).
Idealização e realização da ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais) - http://www.anda.jor.br/ – em conjunto com a Prefeitura.
A gente se vê, lá!!
Fonte: Vista-se.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Vote pelo Planeta

Em dezembro, os líderes mundiais irão se reunir, em Copenhague, para decidir como o mundo vai enfrentar as mudanças climáticas. A escolha deles é simples: o planeta Terra ou o aquecimento global. E você? De que lado você está? Declare o seu voto!

Essa é a primeira eleição que acontece simultaneamente no mundo inteiro. No páreo, estão o nosso planeta e o aquecimento global. Para quem você vai dar seu voto?

Ajude a espalhar esta mensagem de alerta contra o aquecimento global! Em março deste ano, milhares de pessoas em mais de 88 países apagaram suas luzes e deram seu voto durante a Hora do Planeta.

Faça como eles e mande também o seu recado aos líderes mundiais que vão participar da conferência de clima.

Nós queremos mostrar ao mundo o quanto estamos preocupados com o aquecimento global. Veja como espalhar essa mensagem e obtenha mais informações em:

domingo, 8 de novembro de 2009

Grandes Pensadores


Deveríamos ser capazes de recusar-nos a viver se o preço da vida é a tortura de seres sensíveis.

Mahatma Gandhi

Sinto que o progresso espiritual requer, em uma determinada etapa, que paremos de matar nossos companheiros, os animais, para a satisfação de nossos desejos corpóreos.

Mahatma Gandhi

Que horror é meter entranhas em entranhas, engordar um corpo com outro corpo, viver da morte de seres vivos.

Pythagoras

Enquanto o homem continuar a ser o destruidor dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor.

Pythagoras

Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente como hoje se julga o assassínio de um homem.

Leonardo da Vinci

Feliz seria a terra se todos os seres estivessem unidos pelos laços da benevolência e só se alimentassem de alimentos puros, sem derrame de sangue. Os dourados grãos que nascem para todos dariam para alimentar e dar fartura ao mundo.

Buda

Quanto mais o homem simplifica a sua alimentação e se afasta do regime carnívoro, mais sábia é a sua mente.

George Bernard Shaw

Eu não tenho dúvidas de que é parte do destino da raça humana, na sua evolução gradual, parar de comer animais.

Henry David Thoreau

É somente pelo amaciamento e disfarce da carne morta através do preparo culinário, que ela é tornada susceptível de mastigação ou digestão e que a visão de seus sucos sangrentos e horror puro não criam um desgosto e abominação intoleráveis.

Percy Bysshe Shelley

Quando me tornei vegetariano, poupei dois seres, o outro e eu.

Professor Hermógenes

Se quisermos nos libertar do sofrimento, não devemos viver do sofrimento e do assassínio infligidos aos animais.

Doutor Paul Carton

Se o homem aspira sinceramente a viver uma vida real, sua primeira decisão deve ser abster-se de comer carne e não matar nenhum animal para comer.

Leon Tolstoy

O comer carne é a sobrevivência da maior brutalidade; a mudança para o vegetarianismo é a primeira conseqüência natural da iluminação.

Leon Tolstoy

Respeitem os animais. Eles sentem e sofrem como nós. Não os maltratem, não os torturem, não os prendam, não os matem.

Anônimo

Como zeladores do planeta, é nossa responsabilidade lidar com todas as espécies com carinho, amor e compaixão. As crueldades que os animais sofrem pelas mãos dos homens estão além de nossa compreensão. Por favor, ajudem a parar com esta loucura.

Richard Gere

Oh, tirem minha cabeça, mas rogo que parem a matança!

Sadhu Vaswani

Não haverá justiça enquanto o homem empunhar uma faca ou uma arma e destruir aqueles que são mais fracos que ele.

Isaac Bashevis Singer

Se os matadouros tivessem paredes de vidro, todos seriam vegetarianos. Nós nos sentimos melhores com nós mesmos e melhores com os animais, sabendo que não estamos contribuindo para o sofrimento deles.

Paul e Linda McCartney

Se você pudesse ver ou sentir o sofrimento, você certamente não pensaria duas vezes. Devolva a vida. Não coma carne.

Kim Basinger

O que não concebo é degolar um cabrito, asfixiar uma pomba, cortar a nuca de uma galinha ou dar punhaladas em um porco para que eu coma seus restos. Não é por uma questão de química biológica o motivo de eu me ter passado para as fileiras do ovo-lacto-vegetarianismo, mas pelo imperativo moral de que minha vida não seja mantida às custas da vida de outros seres.

Doutor Eduardo Alfonso

Que luta pela existência ou que terrível loucura vos levou a sujar vossas mãos com sangue - vós, repito, que sois nutridos por todas as benesses e confortos da vida? Por que ultrajais a face da boa terra, como se ela não fosse capaz de vos nutrir e satisfazer?

Plutarco

Os vapores das comidas com carne obscurecem o espírito. Dificilmente pode-se ter virtude se se desfruta de comidas e festas em que haja carne. No paraíso terreno não havia vinho, nem sacrifício de animais e tampouco se comia carne.

São Basílio

Não destruas por causa da comida as obras de Deus. É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça.

Paulo de Tarso (Romanos, 14: 20, 21)

Como rei, esforcei-me para impedir o dano a criaturas vivas e renunciei a ter grande número de caçadores e pescadores e às caçadas a que se entregam outros governantes.

Rei Asoka

Os vegetais constituem alimentação suficiente para o estômago e, no entanto, recheamo-lo de vidas valiosas.

Sêneca

A estrutura do homem, externa e interna, comparada com a de outros animais, mostra-nos que as frutas e os vegetais suculentos constituem sua alimentação natural.

Lineu

Não comer carne significa muito mais para mim que uma simples defesa do meu organismo; é um gesto simbólico da minha vontade de viver em harmonia com a natureza. O homem precisa de um novo tipo de relação com a natureza, uma relação que seja de integração em vez de domínio, uma relação de pertencer a ela em vez de possuí-la. Não comer carne simboliza respeito à vida universal.

Pierre Weil

Nada beneficiará tanto a saúde humana e aumentará as chances de sobrevivência da vida na terra quanto a evolução para uma dieta vegetariana. A ordem de vida vegetariana, por seus efeitos físicos, influenciará o temperamento dos homens de uma tal maneira que melhorará em muito o destino da humanidade.

Albert Einstein

Não importa se os animais são incapazes ou não de pensar. O que importa é que são capazes de sofrer.

Jeremy Bentham

A compaixão pelos animais está intimamente ligada à bondade de caráter, e pode ser seguramente afirmado que quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem.

Arthur Schopenhauer

Os animais dividem conosco o privilégio de ter uma alma.

Pythagoras

Todas as coisas da criação são filhos do Pai e irmãos do homem. Deus quer que ajudemos aos animais, se necessitam de ajuda. Toda criatura em desgraça tem o mesmo direito a ser protegida.

São Francisco de Assis

Não há diferenças fundamentais entre o homem e os animais nas suas faculdades mentais (...) os animais, como os homens, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento.

Charles Darwin

A não-violência leva-nos aos mais altos conceitos de ética, o objetivo de toda evolução. Até pararmos de prejudicar todos os outros seres do planeta, nós continuaremos selvagens.

Thomas Edison

Para mim, não amar os pássaros e todos os animais seria não amar a Deus. Pois seus filhos são pássaros e animais tanto quanto os seres humanos.

Sadhu Vaswan

Os animais do mundo existem para seus próprios propósitos. Não foram feitos para os seres humanos, do mesmo modo que os negros não foram feitos para os brancos, nem as mulheres para os homens.

Alice Walker

Minha doutrina é esta: se nós vemos coisas erradas ou crueldades, as quais temos o poder de evitar e nada fazemos, nós somos coniventes.

Anna Sewell




segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ANDA - Agência de Notícias de Direitos Animais


Na semanada passada, assisti a um vídeo no site da ANDA. Gostei muito e resolvi colocá-lo aqui. Então, aproveito para falar sobre a ANDA.

A ANDA foi criada pela jornalista, vegana e ativista em defesa dos direitos animais Silvana Andrade, que tem 25 anos de experiência na imprensa brasileira. É a idealizadora e diretora editorial da ANDA, a primeira agência jornalística do gênero no mundo. É responsável por propor a ideia do Projeto de Lei 337/2006, que autoriza o Poder Executivo a criar hospitais veterinários públicos no Estado de São Paulo. Faz palestras sobre Comunicação e Direitos Animais.

Com profissionalismo, seriedade e coragem, a ANDA abre um importante canal com jornalistas de todas as mídias e coloca em pauta assuntos que até hoje não tiveram o merecido espaço ou foram mal debatidos na imprensa.

A ANDA difunde na mídia os valores de uma nova cultura, mais ética, mais justa e preocupada com a defesa e a garantia dos direitos animais.

Conheça toda a equipe que trabalha na ANDA em http://www.anda.jor.br/?page_id=99


Abaixo, o vídeo da semana (passada) indicado pela ANDA

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Os cães são naturalmente veganos?

Como disse no artigo anterior, O jeito de ser vegano, a alimentação de nossos animais domésticos, principalmente cães e gatos, é assunto que merece atenção especial e deve ser pensado sob a perspectiva vegana.
Como foi visto no fórum aberto para discussão do tema "Uma pessoa que compra carne ou ração com carne para seus tutelados pode-se considerar vegana?", existem muitas dúvidas entre veganos sobre qual a ração ideal que deve ser dada aos animais tutelados.
Contudo, a pergunta que deve ser feita, primeiramente, é: o uso de rações veganas é correto?
Para responder essa questão vamos, antes, relembrar um vídeo que é muito divulgado entre as comunidades vegana e vegetariana, que inicia com a questão "Os humanos são naturalmente carnívoros?".
O filme começa a analisar a questão e propõe que observemos dentes e mandíbulas. Afirma que os carnívoros tem mais caninos que molares e que sua mandíbula é mais alongada e pontuda. E contínua apontando as diversas diferenças entre carnívoros e herbívoros para mostrar que os humanos são, por natureza, herbívoros.
Usando das mesmas observações feitas no filme, não é preciso ser muito inteligente para notar que cães e gatos são, por natureza, carnívoros.
Segundo a Wikipédia - A enciclopédia livre -, é quase certo que o cão originou-se do lobo cinzento ou de outra espécie de Canis lupus. De acordo com a classificação científica, o cão pertence à ordem dos carnívoros. Há uma teoria que os primeiros cães domésticos surgiram há 10.000 anos.
Já o gato, também pertencente à ordem carnívora, é uma adaptação evolutiva do gato selvagem. Os sinais mais antigos de associação entre homens e gatos datam de 9.500 anos.
Parece-me um contra-senso tentar impor a cães e gatos, ou a qualquer outro animal carnívoro que se mantenha tutelado, uma dieta à base de ração vegetal. Nós, que lutamos pelos direitos dos animais, não deveríamos impor um comportamento que não é habitual do animal.
Alguns poderiam dizer que as espécies domesticadas são diferentes das selvagens. Que, após 10.000 anos, elas já adquiriram hábitos e alimentação próprios.
Pode ser verdade. Mas, o fato é que eles ainda tem mais caninos (enormes, por sinal) que molares e suas mandíbulas continuam alongadas e pontudas. E não estão nem aí para a filosofia vegana. No primeiro descuido, lá estão eles saboreando um osso que foi encontrado durante o passeio diário.
Todos os animais que são domesticados, e passam a viver em convívio com homem, alteram, de certa forma, suas características. Sofrem uma mutação forçada. Uma violência contra o seu estado natural.
Não é que eu não goste de animais por perto. Pelo contrário. Em nossa casa temos uma golden retriver, de nome Vitória, que é o ser mais dócil que conheci. Faz a alegria de todos que convivem com ela. Porém, às vezes, fico me perguntando se ela não seria mais feliz se vivesse juntamente com outros de sua espécie, livres, correndo, caçando, em bando. Não teria a comida fácil, médico quando precisasse, brinquedos e petiscos, de vez em quando. Por outro lado, também não teria stress, ansiedade, problemas comportamentais e psicológicos dos cães modernos.
Talvez a humanização que impomos aos animais traga mais problemas que benefícios.
A verdade é que, num mundo totalmente vegano, se isso não for uma utopia, ou todos os animais domésticos seriam veganos, ou todos os animais domésticos não seriam carnívoros, ou não teríamos animais domésticos.
A última opção parece-me a mais correta.
O cão, finalmente, seria recompensado por ter sido o melhor amigo do homem por milhares de anos.
E o gato não precisaria ter sete vidas. Uma só já lhe deixaria contente.

Para quem não assistiu ao vídeo

sábado, 24 de outubro de 2009

A indústria do mal

Para quem ainda tem dúvida do mal que a indústria leiteira causa aos animais, eis mais uma prova do descaso dos criadores. Matéria exibida no site Globo.com mostra um caminhão, com capacidade para 80 bezerros, transportando 181. Devido às péssimas condições de transporte, 39 animais morreram e, ao final da reportagem, a jornalista informa que o restante será sacrificado.
Esse é só um pequeno exemplo do que ocorre com os milhões de animais bovinos que existem, hoje, no mundo.
Olhe bem para eles. Veja que são filhotes. É possível se identificar a expressão inocente no olhar deles.
Sempre que você tomar um copo de leite ou comer algum dos seus derivados, pense sobre isto.
Você pode mudar essa situação.
Fonte: Vista-se

Guia Brasil Vegano


Mais uma ferramenta foi disponibilizada para a comunidade vegana. Elaborado pelo Vista-se, o guia indica locais para comer ou comprar roupas e acessórios. Traz, também, pequenos reviews - análises e dicas específicas para cada estabelecimento. Há, também, estabelecimentos ovo-lacto-vegetarianos e até onívoros, desde que estes atendam bem e dêem boas opções para os veganos.
Você também pode usar o BrasilVegano através do GPS e Google Earth (veja vídeo abaixo). Mais informações http://vista-se.com.br/site/brasil-vegano-gps-e-google-earth
Não deixe de acessar http://www.brasilvegano.com.br/


terça-feira, 20 de outubro de 2009

Yes Vegan


Inspirado no filme Yes Man (no Brasil: SIM SENHOR)


Carol estava deprimida. Não tinha ânimo para nada. Evitava as pessoas, não queria saber de festas, baladas ou qualquer outro programa. Era de casa para o trabalho, do trabalho para casa. Não atendia ao telefone. Vivia dando desculpas para os amigos. Até mesmo com a aparência, estava descuidada.
Um dia, depois de muito relutar, aceitou acompanhar uma amiga até o Bar Espaço Impróprio, onde aconteceria uma palestra sobre veganismo e degustação de comida vegana.
- Qual vai ser o cardápio? - quis saber Carol.
- Acho que vai ter uns lanches, uns salgados e doces.
- Hum... sei... Já vi que tô fu!
- Isso mesmo. Também vai ter tofu.
Chegaram no local no mesmo instante em que a palestra estava iniciando. Assim que se acomodaram, o orador começou:
- É um prazer estar aqui. Alguns rostos são amigos de longa data. Outros, conheço a pouco tempo. Mas, vejo que há, também, muita gente nova. E isso é bom. Sinal de que o veganismo vem despertando o interesse e atraindo mais pessoas. O intuito dessa conversa, acho que posso chamar assim, é falar sobre a filosofia do veganismo.
E discorreu o orador, por alguns minutos, sobre o veganismo, sua história, sua filosofia e suas vantagens. E concluiu com uma proposta, na verdade um desafio, a todos os presentes.
- Vou fazer uma proposta. Deste momento em diante, vocês prometem que vão experimentar o veganismo, vivenciá-lo com toda intensidade, e dizer "SIM" a toda oportunidade que se apresentar para conhecê-lo, estudá-lo, difundi-lo, enfim, colocá-lo em prática. Se vocês fizerem isso, tenho certeza que suas vidas mudarão radicalmente. Daqui um mês nos encontraremos de novo e desafio qualquer um a vir aqui, na frente, e me desmentir.
Carol não levou fé nas palavras do palestrante, mas pensou que, um mês, não custaria nada experimentar. Após, degustaram a comida vegana e ela gostou.
- Até que a comida vegana não é tão sem graça, como dizem por aí.
Um dos presentes avisou que no dia seguinte haveria uma panfletagem sobre veganismo e depois a galera toda iria até o Vegethus, participar do dia da pizza vegana.
Carol topou e assim deu início a sua jornada vegana.
Passado um mês, ela está de volta ao local onde tudo começou. Foi convidada a relatar suas experiências e impressões das últimas semanas.
- Quando cheguei aqui, confesso que estava um pouco desconfiada do veganismo. Para falar a verdade, estava descrente do mundo, das pessoas, da vida. Afinal, é tanta maldade, tanta injustiça, tanta hipocrisia que acabei me tornando cética em relação a tudo. Eu, simplesmente, deixava rolar. Não queria me dedicar a mais nada. Não queria assumir compromissos. Só queria saber da minha vida, cuidar de mim. Hoje, penso diferente. O "sim" ao veganismo mudou os meus conceitos. Aprendi o quanto é importante nosso papel de consumidor. A grande maioria das pessoas não sabe o poder que tem nas mãos e que esse poder gera responsabilidades. Temos que nos perguntar de onde vêm os produtos que consumimos, como eles são fabricados, quais os seus ingredientes e a quem eles beneficiam. Se o seu processo de fabricação não prejudica o meio ambiente, não utiliza de meios ilegais, não causa mal à sociedade. E não me refiro só aos produtos veganos, mas a todo e qualquer produto. Além disso, o veganismo também me trouxe paz, ao saber que todos os dias salvo vidas de animais indefesos, contribuo para um mundo melhor, cuido melhor do meu corpo e da minha mente. Tornei-me uma pessoa mais consciente e feliz. Nesses últimos dias, protestei em frente da embaixada da China e do McDonald's. Fiz panfletagens, fiquei trancada dentro de jaulas, enviei e-mails para autoridades, órgãos do governo e várias empresas. E não me sinto nem um pouco cansada. Pelo contrário, estou cada vez mais animada e disposta. Finalmente, sinto-me viva.
Todos aplaudiram e Carol não conseguia esconder sua emoção. Logo em seguida, aproveitando o entusiasmo que ela despertou em todos os presentes, um dos organizadores informou que no próximo fim-de-semana aconteceria uma manifestação contra o consumo de carne, na Avenida Paulista, e esperava contar com a presença de todos. A novidade do protesto era que todos deveriam ir quase nus, usando, apenas, folhas de alface.
- Nua? Só com folhas de alface? - hesitou Carol. Bem, se é em prol do veganismo, que seja.
- Não seja boba - disse sua amiga. Vai ser engraçado ver a cara das pessoas nos olhando.
- Tudo bem! Já fazia algum tempo, mesmo, que não me pediam para tirar a roupa.
E o fim-de-semana chegou. A manifestação causava confusão. As buzinas dos automóveis faziam o cortejo musical. Todos queriam ver o bando de pelados.
Carol caminhava junto a sua amiga quando um rapaz, que também estava participando do protesto, aproximou-se e começou a conversar com ela. Ficaram conversando durante quase todo o percurso. Ao final, ele perguntou se ela não gostaria de encontrar com ele mais tarde, para fazerem um programa e se conhecerem melhor. Ela lhe disse que prometera dizer sim a toda oportunidade que o veganismo lhe apresentasse. E aceitou.
- Amiga, me belisca - disse Carol.
- Não é preciso, eu também vi - respondeu sua amiga.
- De onde saiu esse deus grego?- perguntou Carol.
- O que ele estava usando era uma folha de bananeira? - redarguiu sua amiga.
E mais tarde eles se encontraram e novamente o poder do "sim" mudou a vida de Carol.
- Yes... yes... yes... yes vegan...isssmooooo...

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Marcha Mundial Pela PAZ e a NÃO-VIOLÊNCIA


A marcha começou! Com a proposta de criar consciência frente à perigosa situação mundial que atravessamos, marcada pela grande probabilidade de conflito nuclear, pelo armamentismo e pela violenta ocupação militar de territórios, foi lançada a Marcha Mundial pela PAZ e pela NÃO-VIOLÊNCIA .

AS PROPOSTAS DA MARCHA MUNDIAL

Para evitar a catástrofe atômica futura, devemos superar a violência hoje, exigindo:

• o desarmamento nuclear em nível mundial
• a retirada imediata das tropas invasoras dos territórios ocupados
• a redução progressiva e proporcional do armamento convencional
• a assinatura de tratados de não agressão entre países
• a renúncia dos governos a utilizar as guerras como meio para resolver conflitos

Urge criar consciência da Paz e do desarmamento. Mas é necessário também despertar a consciência da não-violência que nos permita rejeitar não somente a violência física, mas também toda forma de violência (econômica, racial, psicológica, religiosa, sexual, etc.). Esta nova sensibilidade pode se instalar e comover as estruturas sociais, abrindo caminho para a futura Nação Humana Universal.
Reivindicamos nosso direito de viver em paz e liberdade. Não se vive em liberdade quando se vive ameaçado.
A Marcha Mundial é um chamado para que todas as pessoas unam seus esforços e tomem em suas mãos a responsabilidade de mudar nosso mundo, superando sua violência pessoal, apoiando-se em seu âmbito mais próximo e até onde chegue sua influência.


NO BRASIL
A equipe principal da Marcha Mundial pela Paz e a Não-Violência estará no Brasil a partir de 16 de dezembro de 2009 e passará pelos seguintes pontos:
  • Recife/PE: 16 de dezembro
  • Salvador/BA: 17 de dezembro
  • Rio de Janeiro/RJ: 18 e 19 de dezembro
  • Parque Caucaia/SP: 20 de dezembro
  • São Paulo/SP: 20 e 21 de dezembro
Em São Paulo a EB se dividirá em duas, para posteriormente reunir-se em Buenos Aires. Uma parte fará o trajeto de Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Montevidéu, Buenos Aires e os outros São Paulo, Foz de Iguaçu, Assunção, Paraguai, Resistencia, Rosario, Buenos Aires.
  • 22 de dezembro –Curitiba/PR
  • 23 de dezembro – Foz do Iguaçu/RS
  • 24 de dezembro – Florianópolis/SC
  • 25 de dezembro – Porto Alegre/RS
  • 26 de dezembro – Canoas/RS
Confira a agenda, materiais para divulgação, vídeos, notícias, formas de colaborar e fazer adesão no site http://marchamundial.org.br/ .

Eu já fiz a minha inscrição. Faça também a sua e vamos todos participar!


terça-feira, 6 de outubro de 2009

O jeito de ser vegano

Em uma comunidade vegana, criada no site de relacionamento Orkut, foi aberto um fórum para discussão do seguinte tema: Uma pessoa que compra carne ou ração com carne para seus tutelados pode-se considerar vegana? São três as opções de resposta: 1) Sim. Explique. 2) Não. Explique. 3) Não sei, tenho dúvidas. Quais?
Um total de 42 pessoas votaram (até o dia 28/09/2009). O resultado era o seguinte:
Sim - 23 votos (54,7%).
Não - 15 votos - (35,8%).
Não sei - 4 votos (9,5%).
Como se pode notar, as opiniões estão bem divididas. Constata-se logo que, se essa divergência ocorre, ainda existem questões que precisam ser melhor discutidas e analisadas pela comunidade vegana.
Entre a maioria das respostas que optaram pelo "sim", a opção pelo veganismo é uma questão pessoal. Vegano é o tutor e não o tutelado. Nada deve ser imposto.
Já os que optaram pelo "não" acreditam que declarar-se vegano é não colaborar com a indústria da carne de forma alguma. Vegano é vegano e ponto final. O tutelado, se quiser comer carne, que se vire.
As "dúvidas", dos que optaram pela opção 3, em sua maioria, se referem à ração para os animais, principalmente sobre a qualidade nutricional da ração vegana.
Segundo um dos posts que está registrado no fórum:
"O veganismo é um passo além da dieta vegetariana. Motivados por ética e respeito aos direitos dos animais, os veganos não consomem ou utilizam qualquer tipo de produto de origem animal: carnes, leite e derivados, ovos, gelatina, couro, seda, peles, cosméticos testados em animais, não vão a circos com shows de animais, rodeios, etc. O vegano tenta evitar qualquer coisa, produto ou ação que tenha causado sofrimento desnecessário a um ser senciente, seja ele um animal humano ou não-humano. Definição extraída da comunidade Veganismo" (grifo meu).
Em outro post:
"Acho que veganos não contribuem de maneira alguma com o uso de animais [p/ qquer fim]" (grifo meu).
Os autores desses posts, usando de seu livre direito de opinar, optaram pelo não.
Mas, há casos e casos. Vejam o meu, por exemplo. Moro com a esposa e dois filhos. Todos éramos carnívoros. Éramos porque, há mais ou menos seis anos, decidi me tornar vegetariano. Na verdade, um ovo-lacto-vegetariano. Aí, fui me instruindo, informando, pesquisando (como já escrevi em meu perfil), e me tornei vegano (há quase três anos). Bom, vegano é como me defino.
Foi, então, que surgiu o problema. Em casa, só eu me tornei vegano. Os outros continuam carnívoros. A maior parte das despesas, incluindo as com alimentação, são pagas por mim. Vamos ao mercado e eu procuro comprar os produtos veganos. Verifico os ingredientes, a composição e, quando lembro, o fabricante. Minha esposa e filhos (estes, quando vão) enchem o carrinho com os produtos de sua preferência. Compram na seção de laticínios, no açougue, peixaria, leite, ovos e por aí vai. Não se importam com a composição, nem com os ingredientes. E, no final, sou eu quem paga a conta.
O dilema está posto. Se sou vegano, segundo a definição acima, não devo colaborar com a exploração animal. Por outro lado, tenho obrigações para com a família. O que fazer? Devo obrigá-los a seguir a minha ideologia? Impor a minha vontade? Fazer com que eles consumam os produtos que eu escolher? Devo reunir a família e comunicar: "A partir de hoje, nesta casa, só entra produto vegano. Quem quiser ficar, fique. Quem quiser ir, hasta la vista"?
Apesar do veganismo ser uma ideologia radical, isso me parece um excesso. Vamos supor a seguinte situação e fazer uma inversão de papéis. Muitos veganos moram com seus pais e dependem do sustento fornecido por estes. Pedem que seus pais comprem os produtos que querem consumir. Brigam pelos seus direitos. Então, eu pergunto: se para nós, veganos, o pai que é carnívoro tem obrigação de respeitar a opção do filho vegano, por que o pai vegano não deve respeitar a opção do filho carnívoro?
Vamos pensar em outra situação: uma pessoa trabalha em uma empresa, há alguns anos. De repente, resolve tornar-se vegano. Essa empresa, de alguma forma, colabora na exploração animal (Procter & Gamble, Reckitt Benckiser, Unilever ou outra qualquer). O que ela deve fazer? Pedir demissão e procurar outro emprego? Entrar na fila do seguro-desemprego?
Um vegano mais ortodoxo diria que, por ser consciente de todos os problemas e maus tratos causados aos animais e ao meio-ambiente, o pai vegano tem obrigação de advertir seus familiares, mostrar-lhes o que é correto e não cooperar com a indústria da morte. Tampouco um vegano deve trabalhar em uma empresa que produz ou comercializa produtos que foram testados em animais ou possuem algum ingrediente de origem animal.
É um ponto de vista. Deve ser respeitado, como todos os outros. Porém, como a maioria dos pontos de vista, ele é baseado em opiniões, que por sua vez são baseadas em valores. E é aí que está o x da questão. Os valores podem se apresentar de diferentes formas em cada pessoa. Família, amigos, experiências vividas e aprendizado adquirido ao longo do tempo, influenciam na formação do parecer que cada um faz a respeito de determinado assunto. Por exemplo, existem pessoas que são favoráveis à pena de morte. Há, também, pessoas que são favoráveis ao aborto, à eutanásia, à realização de pesquisa com presidiários, que fazem sexo por dinheiro, que acham natural o adultério. Há pessoas que são totalmente contra tudo isso. E há algumas que concordam, apenas, com alguns desses exemplos.
Há pessoas que acham correto comer carne. Principalmente, porque foram criadas assim. A imposição, a meu ver, em nada contribui na formação de um valor. Acredito que cada pessoa tem o seu tempo certo. O tempo certo para alcançar o discernimento necessário para avaliar, da melhor forma, essas questões e poder, realmente, distinguir o que é certo e o que é errado.
Por isso, penso que os critérios para se definir o vegano não devem ser tão restritos. Ao invés de usarmos os termos não contribui ou colabora, deveríamos, tão somente, usar não consomem ou utilizam, como aparece na definição da Comunidade Veganismo, segundo o post acima. E acrescentaria: não consumir, usar ou utilizar, nunca. Mas dialogar, informar e divulgar, sempre.
O artigo rendeu e nem falei sobre a alimentação dos animais. Mas isso vai ficar para um próximo artigo, porque esse tema também merece muitas considerações.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Começou o CIRCUITO CULTURAL ANIMAL!


As atividades programadas para o CIRCUITO CULTURAL ANIMAL já estão bombando! Cãominhadas, Feiras de Adoção, Concertos, Palestras, Exposições, Cinema Móvel, Debates, Missas e Bençãos para os animais, Teatro e lançamento da Campanha Segunda sem Carne.
Os eventos serão realizados em várias cidades. Não deixe de participar. Ajude na celebração pela vida e valorização dos direitos dos animais.
Acesse o site http://www.circuitoanimal.org/circuitoanimal/htms/calendario.htm e confira toda a programação.

Vista-se no Metrô



Em parceria com a Prefeitura de São Paulo, 19 banners sobre os temas veganismo e entretenimento estão em exposição, desde 25/09/2009, em quatro pontos da cidade que incluem estações do Metrô e casas de cultura.

Banners sobre alimentação vegetariana: Estação Santana do Metrô (linha azul).

Banners sobre animais explorados em entretenimento: Estação Itaquera do Metrô (linha vermelha).

Além da exposição dos banners, durante o período do Circuito Cultural Animal (que se estenderá até o dia 04 de outubro), nos vagões do Metrô equipados com televisor, será exibido um vídeo para a população.

Para ver os novos banners do VEDDAS sobre veganismo e entretenimento e obter mais informações, acesse o site Vista-se.


Assista ao vídeo que está sendo exibido nos trens do Metrô.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Semana Vegetariana vem aí!!!


Lembrando mais uma vez: de 01 a 07 de outubro de 2009, irá ocorrer a Semana Vegetariana Mundial. Inúmeras organizações, espalhadas por vários países, juntam-se a este movimento para promover um estilo de vida mais saudável, mais humano e ambientalmente sustentável. Você, também, está convidado!
Como participar, eventos programados e materias para divulgação você encontra no site Guia Vegano.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Dia Mundial dos Animais - Circuito Cultural Animal


Na semana de 27 de setembro a 4 de outubro, será realizado o CIRCUITO CULTURAL DO ANIMAL, na cidade de São Paulo, em comemoração ao Dia Mundial dos Animais (4 de outubro).
Com palestras, exposições, "cãominhadas", filmes educativos, performances artísticas e muito mais, a Cidade de São Paulo mostrará os trabalhos desenvolvidos por inúmeras pessoas em defesa dos animais e do meio ambiente, em uma comunhão de celebração à vida e respeito a todas as suas formas.

Convidamos a todos a desenvolverem, nesse período, alguma ação relacionada com o tema e que seja comunicado o calendário, para ser incluso no CIRCUITO CULTURAL DO ANIMAL, pelo e-mail rcmgarcia@prefeitura.sp.gov.br . Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Ações já cadastradas:

  • Guia das atividades do Circuito Cultural Animal;
  • Guia Gastronômico Vegetariano;
  • Adoção de Cães e Gatos, em vários locais;
  • "Cãominhada" do Ipiranga e a 1.ª "Cãominhada" de São Francisco, na região da Avenida Paulista;
  • Postos de Serviços para Animais (a confirmar);
  • Lançamento do Dia Nacional da Castração Solidária Popular (a confirmar);
  • Palestras;
  • Música, Teatro, Artistas de Rua, Performances;
  • Culto Ecumênico;
  • Exposições.
Comissão organizadora:

Lito Fernandez - Biólogo
Gestor Ambiental - Spa Fazenda Igaratá
11 - 4658-1433 / 4658-1340

Idealizador:

Projeto Natureza em Forma
Centro de Adoção - Casarão Paulista
Av. Paulista, 1919 - Consolação - São Paulo - SP
Casarão da Paulista, entre as estações Trianon-Masp e Consolação do Metrô.
4.ª a domingo e feriados, das 10h00 às 20h00
11 - 3171-1112
Cel: 11 - 9751-4951
11 - 7894-8055
ID 9*87020
Faça parte deste grande evento em São Paulo e manifeste-se a favor da defesa dos animais e da preservação da vida em equilíbrio com o meio ambiente.

Fonte: Vista-se.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sobre peixes e animais marinhos

Uma dica legal, que peguei no site brazil nut, é um vídeo da organização PETA - People for a Ethical Treatment of Animals, que mostra algumas razões para não comermos peixes e animais marinhos.


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O pato poeta engajado


"O pato pateta pintou o caneco
Surrou a galinha, bateu no marreco,
Pulou do poleiro, no pé do cavalo,
Levou um coice, criou um galo."


- Ei, ei, ei! Vamos parando por aí. Não cantem essa música. O cara que escreveu isso não sabe das coisas. Onde já se viu chamar um pato de pateta. Se o que ele queria era fazer uma consonância, que usasse outro adjetivo. Por que não chamou o pato de poderoso? Ou portentoso? Ou perfeito? Ou polido, pacífico, precioso, paladino... ou príncipe? - falou Ludovico, um pato metido a poeta, para um grupo de patos que passava.
- Concordo com você, Ludovico - disse Ernesto, um pato metido a revolucionário.
- E você acha, Ludovico, que alguém, por acaso, importa-se com o que os patos pensam, acham ou sentem? - redarguiu Margarida, uma pata metida à celebridade.
- Se não se importam, a culpa é nossa. Nós deixamos que nos tratassem assim. É por isso que, sempre que fazem comparações conosco, menosprezam-nos. Você já deve ter ouvido, alguma vez, expressões do tipo: "Parece uma pata-choca." "Lerda como uma pata." "Perdeu como um pato." Veja se tem cabimento! Nós é que devíamos ficar ofendidos de sermos comparados a eles!
- Apoiado, Ludovico. Tem gente que não se enxerga, mesmo! - falou Ernesto, furioso. Se ouço uma coisa assim, a meu respeito, viro um humano!
- Eu não sei por que falam do nosso jeito de andar. Eu me acho tão sensual. Você não acha, Ludovico? - perguntou Margarida.
-Uma gatinha! Ou melhor, eu quis dizer uma patinha linda!
- Obrigada, assim está melhor. Mas, então, você seria capaz de fazer versos melhores?
- Mas é claro! Versificar é comigo mesmo. Meu estilo é único e meu vocabulário ilimitado! Há muitos anos que estudo o patonês.
- Você também saberia fazer aliterações?
- Perfeitamente!
- Estou esperando!
-Mas assim, de supetão?!
- O seu vocabulário não é ilimitado!?
- Por isso mesmo, não posso fazer agora. São muitas palavras. Preciso selecioná-las com cuidado. Analisar o seu valor semântico, a sua sonoridade, ver se se adéquam corretamente no verso.
- Até amanhã, Ludovico!
- Até amanhã?! Tudo bem! Amanhã, os meus versos estarão prontos.
- Não, não foi isso o que eu quis dizer! Mas, que seja! Amanhã, então, ouviremos o seu poema. - falou Margarida, duvidando que encontraria Ludovico no dia seguinte.
No dia seguinte, Margarida e a turma esperavam por Ludovico, e nada dele aparecer. Já estavam quase desistindo, quando o avistam chegando, devagar, naquele característico caminhar patolíneo. Trazia um lenço amarrado no pescoço. Parou, todo empertigado, e começou:

"O pato não é pateta
Não bate e não é de brigar
Das aves, é a mais esperta
Anda, voa e sabe nadar

Seu bico é chato e comprido
Sua cauda parece um leque
Seu andar é bem divertido
Quem não gosta do seu sarambeque?

Tem um tipo muito engraçado
Seu grassitar é bem diferente
Todos imitam o seu rebolado
Até o animal que se diz sapiente

Ele, também, merece respeito
Não pense em levá-lo à panela
Deixe-o viver do seu jeito
Caindo no poço, quebrando a tigela"

- Que lindo, Ludovico! Gostei de ver! - disse Margarida, admirada.
- Parece coisa de maricas. - disse Ernesto, um pouco contrariado.
- Não que eu esteja achando que precise. Longe disso! Está ótimo! Mas, você não disse que iria fazer aliterações? - perguntou Margarida.
- E fiz. Estava esperando você perguntar. Ainda tem mais um verso. E continuou:

"Por isso, a paz queremos
Não desejamos a luta armada
Mas, se for preciso, lutaremos
Com pedras e paus ou na porrada"

- Bravo, Ludovico! Muito bem! Isso mesmo! - gritou Ernesto. É preciso ser terno, mas sem perder a dureza... Jamais!!!

Quack... Quack... Quack...

PodCast no Vista-se

O site Vista-se lançou, hoje, um novo espaço para os adeptos e defensores do vegetarianismo e veganismo: foi criado um podcast com Ricky Elblink. Mais uma voz vegana esclarecendo, informando e fornecendo muitas dicas.






Para quem não o conhece, Ricky Elblink (http://www.ricky.com.br/) é locutor, narrador e dublador em alguns seriados e programas de TV, entre eles: As Novas Aventuras de Flipper - voz de Porter Ricks (pai dos meninos); A Cozinha do Chef Pepin - voz do Chef Pepin (MGM GOLD); Os Tira-Teimas - voz de Paul (Discovery Channel); Além do Ano 2000 - voz de Henry Tenenbaum - (Discovery Channel). Locutor em famosas peças publicitárias e na rádio Tri Fm, de Santos/SP. Ouça o primeiro episódio, e aguarde os novos, no link: http://vista-se.com.br/site/category/podcast .

domingo, 6 de setembro de 2009

Conhecei a verdade e ela vos libertará!

Frango a passarinho. Frango assado. Filé de frango (frito, empado ou à parmegiana). Galinha de Cabidela. Galinha ao molho pardo. Canja de galinha. Coxinha de frango. Pipoca de frango. Steak de frango. Chickens (industrializados) diversos. Sanduíche McChicken. Ovo cozido, frito, mexido, estrelado, poché. Omelete.
Essas são algumas das iguarias que podem ser feitas com a produção de ovos e a carne de milhares de aves que são abatidas diariamente.
Você alguma vez se perguntou o que acontece com essas aves, antes de vê-las, ali, na sua frente, servidas em sua refeição?
Um integrante do grupo Mercy for Animals (Piedade pelos Animais) se candidatou a uma vaga na empresa Hy-Line International, em Spencer (Iowa), e conseguiu gravar imagens com uma câmera escondida, no período em que lá trabalhou, durante duas semanas.
O vídeo mostra a linha de montagem, onde trabalhadores analisam os pintinhos que acabam de sair dos ovos, arremessando todos os machos para uma passadeira que os conduz à trituradora. Segundo a Mercy for Animals, a eliminação dos machos é prática corrente no setor e deve-se ao fato de estes não produzirem ovos e serem mais difíceis de aproveitar para alimentação.
Já as futuras galinhas sofrem outros abusos na linha de montagem. Há uma máquina que retira parte dos seus bicos, o que lhes causa dores crônicas.
O vídeo da Mercy for Animals mostra pintinhos moribundos no chão das instalações da Hy-Line International e deixa um apelo para que as pessoas deixem de consumir ovos.
Leia mais no site da ANDA: http://www.anda.jor.br/?p=18932
Assista o vídeo:

terça-feira, 1 de setembro de 2009

As viagens de Tonico




Na fazenda Santo Anastácio, a principal fonte de ganho econômico é a criação de caprinos. São muitos os animais que ali vivem e o tipo de exploração comercial é diversificado: produção de leite, queijo, carne, pêlo, pele, venda de matrizes e reprodutores. O lugar dispõe de uma ampla área e a rotina diária inclui períodos de pastoreio e exercícios para os animais.
Em uma das extremidades da fazenda, onde esta faz fronteira com a propriedade vizinha, há uma abertura na cerca. Tonico, um jovem cabrito reprodutor, sempre que surge uma oportunidade, passa pela brecha indo parar do outro lado, onde há uma enorme plantação de arbustos. Fica ali por um tempo, saboreando as finas folhas da excêntrica roça, até que alguém dê por sua falta e venha a sua procura.
De volta ao cabril, Tonico começa a contar histórias sobre um lugar que ele conhecera e que, segundo seus relatos, seria o melhor lugar do mundo para se viver.
— Podem acreditar no que estou falando, pois é a pura verdade. Não existe no mundo lugar mais bonito! Os campos são imensos e a gente pode correr por eles o dia inteiro. Em qualquer direção que se olhe, não se consegue enxergar o fim. Não existem cercas. Todos vivem livres, andando por entre árvores, em contato a natureza e com os outros animais. Bebemos nas margens dos lagos e rios, há muitas flores e o canto dos pássaros é belo como em nenhum outro lugar.
Frederico, um pequeno cabritinho de mais ou menos seis meses de idade, ouvia atentamente e ficava fascinado com as histórias que Tonico contava.
— Tem capim a perder de vista e uma enormidade de plantas e folhas para gente comer! Os cabritinhos vivem dando cabeçadas uns nos outros. E as cabritas... Ah! As cabritas... Uma mais linda que a outra! — continuava Tonico.
Todos achavam graça nas histórias, mas não acreditavam nelas. Apenas Frederico, absorto pelas suas fantasias, acreditava que todos, um dia, iriam para lá.
Adamastor, um bode mais experimentado, procurava chamar o cabritinho à realidade.
— Não dê atenção ao que o Tonico fala. Sempre que ele passa para o outro lado e come daquela planta, ele começa a inventar essas histórias. Ele nunca saiu daqui. Nasceu e foi criado nessas terras. Como é que ele sabe desse lugar?
— Talvez alguém que esteve lá contou para ele – respondeu Frederico.
— Alguém? Quem?
— Alguém que tenha saído daqui. Para aonde é que vão todos que saem daqui?
Adamastor sentiu um aperto em sua garganta e não teve coragem de dizer ao pequeno para onde todos iam.
— Oras, garoto. Devem ter ido para outra fazenda.
— Pode ser. Ou, então, foram para esse lugar e por isso não voltam para nos ver. Lá deve ser muito bom, mesmo! – retrucou Frederico.
— Não fique colocando caraminholas na sua cabeça, moleque. O que você tem a fazer é torcer para ser escolhido como reprodutor. Aí, sim, você vai ter chance de viver uma vida melhor. Trate de correr atrás das cabritinhas.
— Mas, e se eu não for escolhido para ser reprodutor? O que vai acontecer comigo?
Outra vez Adamastor sentiu um travo em sua garganta.
— Oras, vão levar você embora - balbuciou. Você quer se separar da gente?
— Se for para o lugar que o Tonico falou, quero sim – disse Frederico e saiu correndo para brincar com os outros cabritinhos.
Adamastor sabia que as chances do pequeno eram mínimas. A grande maioria deles já tem o destino traçado, desde o nascimento. Aproximou-se de Tonico e chamou sua atenção:
— Pare de pôr fantasias na cabeça deles. É melhor que eles saibam, desde pequenos, qual o seu valor neste mundo.
— Pois eu discordo. Já que nunca irão conhecer nada melhor do que isto aqui, pelo menos, através das fantasias, eles podem ser livres e viajar para onde a imaginação puder levá-los.
Dizendo isto, Tonico se afastou e deitou-se em um canto do cabril. Logo anoiteceu e todos silenciaram.
Nas primeiras horas da manhã seguinte, dois homens começaram a fazer a separação de alguns animais, como ocorria de tempos em tempos. Os animais, assustados, tentavam se esquivar. Faltava capturar apenas um, para completar o número desejado, quando Frederico, ainda com as histórias de Tonico em sua lembrança, viu, aí, a oportunidade de poder ir embora dali e conhecer o lugar tão sonhado. Caminhou, berrando, em direção aos dois homens, como se dissesse: — Hei, estou aqui, levem-me com vocês!
Adamastor e os outros animais perceberam o perigo e gritaram para que ele fugisse e se escondesse. Mas, Frederico não os ouvia. Estava obstinado em seu propósito. Quando já estava quase nas mãos dos homens, Tonico veio correndo, passou por ele, empurrando-o, e bateu de encontro a um dos homens, derrubando este no chão.
— Ah, seu cabrito danado. Você vai ver só. Vamos pegar este aqui. Ele vive dando problemas, vive fugindo para o outro lado. Está na hora de dar uma lição nele.
Tonico não se mexeu. Ficou parado e deixou-se apanhar. Foi levado com os outros animais e nunca mais voltou.
..........................................

— Por que ele não deixou eu ir? Será que ele conseguiu chegar lá, seu Adamastor? – perguntou Frederico.
— Acho que sim, Frederico. Dessa vez, creio que o Tonico chegou na terra tão sonhada. E, neste momento, ele deve estar correndo pelos campos... livre... para sempre.


Nota:
Segundo os últimos levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) os números apontam para um rebanho de 16 milhões de ovinos e cerca de 10,5 milhões de caprinos nas propriedades do Brasil. De acordo com a Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos (Arco), hoje, a produção nacional gira em torno de 172 mil toneladas de carne ovina e caprina ao ano. A lã produz cerca de 14 mil toneladas e a produção de peles chega a sete mil toneladas. Isto, sem considerar a indústria genética, a médico-veterinária e outros setores envolvidos.
Fonte ANCO
Obs.: A carne preferida para consumo é a dos animais abatidos entre 6 e 8 semanas de vida.